Comunidade Quilombolas dos Souza
Foto André Cypriano
Origem
Cidade: Porteiras Estado: Ceará
Entre 1695 e 1696 chegou em Porteiras grande quantidade de negros vindos das cidades de Florestas e Belo jardim do Estado de Pernambuco, para exercer sua força de Trabalho nos engenhos, colheita do cafezal e na criação bovina. Instalaram-s na Chapada do Araripe, e ali foram plantados seus valores culturais e perpetuando sua história de geração em geração. Atualmente existe uma comunidade em cima da serra do Araripe, conhecida como “Os Souza”, que ainda, de forma fragmentada, mantém os mesmos hábitos,
costumes e tradições. Hoje a comunidade Quilombola dos Souza é reconhecida pela Fundação Cultural Palmares como remanescente das comunidades dos quilombolas. Dados Publicados no Diário Oficial da União no dia 19 de abril de 2005.
Costumes e Tradições
Festas de santo Antônio na cidade de Barbalha são convidados a apresentar durante 10 (dez) dias do festival de música com sua banda cabaçal. Mantém em seus terreiros o pilão e o trabalho da casa de farinha, bem como a presença na colheita do pequi. No processo da farinhada cantam cantigas típicas da sua raça, entoadas sofríveis da sua história. Existe grupo de penitentes e que prevalece a sábia classificação, é Curião aquele que não dá passo errado, isto é não faz uso do álcool e de mulher particular, na casa do Curião é mantido um Cruzeiro que existe a mais de um século e meio. A dança de São Gonçalo esteve até alguns anos atrás, pois a mulher solteira (de saudosa memória) que chefiava a dança cegou em decorrência do trabalho cansativo na casa de farinha. Ainda existem tambores e alguns enfeites usados neste ritual. Existiram também terreiros de Umbanda, manifestação da religião afro. A prática da devida manifestação religiosa ainda existente não na comunidade, mas aqui na sede praticada por remanescentes que não vivem mais na comunidade, só que, nas festividades de março (Festa de Zé Pelintra), junho (Festa de São João no
sincretismo Xangô) e em Setembro (Festa de São Cosmo e São Damião no sincretismo Erês), alguns membros vem ativamente participar das referidas festividades, lembrando dos que já se fora e fazendo a prática dos rituais da Umbanda.
Mobilizador Cultural: Ticiano Linard da Silva/ Teresinha Arlindo de Souza
Fonte: http://www.ifce.edu.br/miraira
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